terça-feira, 16 de outubro de 2012

ARCANO XV - O DIABO / ARCANO XVI - A TORRE - INFLUÊNCIAS PLUTONIANAS

Descrição:
Um monstruoso personagem andrógino e alado porta um estranho chapéu.
Segura na mão direita uma espada apontada para o alto. Dois diabinhos nus, com as mãos escondidas nas costas, estão acorrentadas aos pedestal sobre o qual o Diabo está entronizado.

Simbolismo:
Número de Satã, o 15 impõe sua vontade. 1 + 5 = 6... temos aqui a escolha entre dois caminhos: um, benéfico, se dirige para a luz, e o outro, para as trevas . As fortes influências misteriosas e ocultas de Plutão fazem temer o poderio do orgulho e da violência do Diabo, e, em todas as coisas, o descomedimento é posto em relevo pela influência de Júpiter. 
Representação do maligno, o Diabo suscita inquietação por causa de sua inteligência penetrante. A fim de melhor dominar e dar maior satisfação a seu orgulho, instalou-se num pedestal precário, de onde pode deslocar-se a qualquer momento... 
Andrógino, suas tendências masculinas/femininas se confundem. Alguns traços dominam, enquanto outros permanecem enterrados no mais profundo de si mesmo.
Suas asas de morcego, símbolo de terror, não são mas tranquilizadoras que seu chapéu, cujo chifres assinalam seu poderio.
Com as garras de suas patas, ele obtém tudo o que deseja possuir...
Com a espada da fatalidade apontada para o alto, ele capta todas as forças vitais e energias circundantes que sabe tão bem usar.
Ainda pelo desejo de poder e dominação, acorrentou a seu pedestal dois escravos que retransmitem suas emanações vaidosas.
Nus, despojados de tudo que possuem, as mãos presas às costas os obriga a uma completa submissão.
O Diabo, criatura perigosa, nos mostra que vivemos num mundo de escravidão material, num mundo subjugado a todos os instintos que nos conduzem às paixões e às tentações de toda ordem.


Descrição:
O topo de uma torre de ameias é atingido por um raio. De cada lado da torre bolas vermelhas, azuis e brancas mergulham em direção a terra. Dois personagens em queda livre sofrem o mesmo castigo e se vêem precipitados ao solo. 

Simbolismo:
O número 16 constrói ou destrói. 2 vezes o 8 = de um lado, a justiça e o rigor e, do outro, o castigo, o choque ou a desordem...
A influência de Plutão acentua o aspecto violento e confirma um poder misterioso e maléfico.
Por analogia, essa cena poderia ser vinculada à Torre de Babel, obra do orgulho humano. O homem supôs poder desafiar o céu por intermédio de uma construção humana material.
A Casa de Deus representa o atraso espiritual do homem. O céu vai, portanto, aniquilar, pela chama destrutiva, o alto da torre que desmorona. Pode-se compreender, por essa coroa que despenca, que há perigo em se desejar subir alto demais sem levar em conta as advertências.
Dois personagens vão sofrer o castigo da cólera divina... Ao caírem, colocam, por reflexo, as duas mãos na frente. Esse primeiro contato com o solo vai permitir-lhes revitalizar-se rapidamente, graças às forças telúricas. Poderão, assim, se restabelecer e voltar ao ponto de partida para recomeçar, depois dessa severa lição, a luta de uma longa escalada.
As bolas coloridas que caem em direção a terra simbolizam as energias perdidas por orgulho ou ignorância, mas serão também as sementes de uma nova construção.
As janelas azuis vão permitir a abertura para o inconsciente e a espiritualidade.(*)

PLUTÃO

Foi descoberto em 18 de Fevereiro de 1930 por Percival Lowell.
Percorre a órbita do zodíaco em cerca de 248 anos.
Passa em média, cerca de 21 anos em cada signo.
Em virtude de sua órbita excêntrica, a extensão da sua permanência
 num signo varia entre 11 e 30 anos.

Arquétipo: O mago, o xamã.
Sombra: O feiticeiro.

Princípio: O poder da transformação profunda. Plutão representa o ouro negro dos alquimistas, a riqueza oculta nas profundezas, a fonte original e arcaica e as forças arquetípicas que antecedem todo e qualquer juízo moral. Encarna o elemento feminino arcaico que por uma lado pode ser criativo, fértil e balsâmico, mas também pode ser tenebroso, cruel, brutal, sádico, destrutivo, devorador e letal. A consciência solar foge dele como de um abismo infernal. As experiências relacionadas a Plutão sempre estão ligadas ao poder e à impotência, à dependência, à sujeição e ao emaranhamento emocional. Também incluem, às vezes, um aspecto de obsessão. Plutão, o planeta menor e o mais distante, opera segundo o princípio da homeopatia: quanto menor e menos compreensível a dosagem, mais forte é o efeito.

Meta: A transformação radical movida por uma verdade profunda. A percepção que nada na vida pode permanecer sempre igual, e que cada início, cada nascimento, já traz em si a própria morte e o próprio renascimento.

Correlações mitológicas: Hades (grego = invisível)/Plutão (romano = o homem rico) - deus do mundo dos mortos. Filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus e Poseidon e marido de Perséfone, raptada. Símbolo do mundo das sombras, do conhecimento das profundezas e das experiências de morte e renascimento.

Plutão nos signos
Plutão percorre a órbita do zodíaco em 248 anos e, portanto, passa, em média, cerca de 21 anos em cada signo. Isso significa que sua posição num determinado signo do mapa astrológico é, antes de mais nada, uma marca de toda a geração nascida dentro desse período. Os matizes verdadeiramente individuais que Plutão imprime sobre o mapa astrológico só podem ser deduzidos da casa onde se encontra e dos aspetos que forma com os planetas pessoais.

Plutão está no signo de Capricórnio desde de 2008 e sairá de lá em 2023.

Temas de Transfromação neste período em Capricórnio: a transformação profunda da ordem social, das hierarquias e das leis, bem como  de tudo quanto diz respeito a responsabilidade pessoal, ao cumprimento dos deveres à compreensão geral do destino.

Sensação de poder ou impotência: Se manifesta através das leis e normas.(**)

Mais sobre Plutão pode ser lido AQUI.

Textos:
(*)ABC do Tarô - Colette H. Silvestre
(**) Palavras-chave da Astrologia - Hajo Banzhaf
imagem:
Tarot of Marseille Grimaud Editions http://www.insightfulvision.com/gallery-arcanes1.php

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